O que são os Grupos de Trabalho (GT)
Na AGB, os grupos de trabalho (GTs) são fóruns onde as/os participantes se articulam em torno de temáticas que exigem Reflexão, Discussão, Acúmulo, Intervenção, – com manifesto sentido político. Este é o movimento dos GTs, orientados no sentido de subsidiar a tomada de posições pela entidade.
Isto materializa o papel histórico da AGB de ser instrumento de intervenção na sociedade, a partir das contribuições da Geografia e de seus associados. É dessa forma que, nos últimos anos, os GTs (Grupos de Trabalhos) vem ganhando um papel central no fortalecimento do trabalho permanente e atuação política das Seções Locais e consequentemente da AGB Nacional.
Cabe destacar ainda, que independente da temática e da espacialidade da ação, a produção coletiva de posicionamentos é a essência desta forma de participação, e isto tem sido o centro da proposta das ultimas gestões da AGB.
Esses posicionamentos, podem resultar (no curto, médio ou longo prazo) em/no:
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Atividades (de divulgação, de conscientização ou problematização, como mesas redondas, palestras ou cursos sobre os temas, quase sempre articulando atores envolvidos, seja movimentos sociais, professores, acadêmicos, etc.);
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Fortalecimento de aliados (como movimentos sociais, sindicatos, entre outros);
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Questionamentos institucionais (a órgãos públicos ou entes privados, de acordo com a situação);
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Ações judiciais (junto a ministério público, p. ex.);
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Formulação de documentos (como ofícios, cartilhas, manifestos, coletâneas de textos, etc.);
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Grupos de discussão sobre os temas.
Em suma, os Grupos de Trabalho (GTs) na AGB são resultados de acúmulos de discussões, ações e intervenções, de cada Seção Local, em caráter local e/ou regional e/ou nacional. Cada seção pode criar GTs de acordo com suas demandas, desde que aprovados em suas respectivas assembleias locais. Os GTs são formados por quantos associados queiram participar da temática afim, podendo ser esses geógrafos (estudantes, professores e técnicos), mas também não geógrafos.
Nossa história
ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS
Fundada em 17 de setembro de 1934, por iniciativa do professor francês Pierre Deffontaines, juntamente com os professores Rubens Borba de Morais, Caio Prado Júnior, Luís Flores de Morais Rego, localizou-se primeiramente na Avenida Angélica, 133, em São Paulo — residência do professor Deffontaines, que se encontrava no Brasil para a implantação do curso de história e geografia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da recém-instalada Universidade de São Paulo.
Em 1944, AGB passou a se constituir em uma entidade de dimensões nacionais, que possuía sócios, profissionais, estudantes e colaboradores em todo o território brasileiro. As primeiras seções regionais foram criadas nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Bahia.
Em 1946, a AGB realizou em Lorena, São Paulo, a sua primeira reunião nacional, sucedida até 1955 por inúmeras reuniões anuais.
Em 1956, a AGB promoveu o XVIII Congresso Internacional de Geografia da União Geográfica Internacional.
Até o início dos anos 70 a AGB era caracterizada como uma associação de pesquisadores. Mas no final dos anos 70 (1978), na reunião anual realizada em Fortaleza, Ceára, a AGB estimulada pelo crescimento do movimento estudantil brasileiro, passou por uma renovação de sua perspectiva organizacional, que se refletiu no processo de reformulação de seu estatuto que a tornou uma associação mais integrada à luta pelos direitos humanos e ao debate político e democrático da sociedade.
A história institucional da AGB está integrada à história da Geografia e do pensamento geográfico brasileiro, não havendo sentido em falar do pensamento geográfico sem citá-la. Dentre seus objetivos está a promoção do conhecimento científico a partir da troca de idéias de seus associados. Isso acontece nas reuniões regulares da Associação, nos fóruns de discussão e demais grupos de estudo. O diálogo se dá também por meio das publicações que mantemos.
Boa parte da produção científica da Geografia brasileira encontra-se publicada em Anais de seus Congressos e Encontros. A AGB também é responsável pelas edições da Revista Terra Livre e do Jornal AGB Em Debate.
As Seções Locais são responsáveis pela publicação de várias revistas científicas como: o Boletim Paulista de Geografia, que completou 50 anos em 1999, o mais antigo em circulação; o Boletim Gaúcho de Geografia; o Prudentino de Geografia; o Fluminense de Geografia; e o Amazonense de Geografia.
A AGB é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que reúne geógrafos, professores e estudantes de Geografia preocupados com a promoção do conhecimento científico, filosófico, ético, político e técnico da Geografia para que se possa oferecer à crítica da sociedade uma abordagem geograficamente consistente dos seus/nossos problemas, com o intuito de aperfeiçoar do debate científico da Geografia e que se interessam pelo desenvolvimento de alternativas e iniciativas de promoção do bem-estar social.
Nesse sentido, a AGB tem procurado reunir todos aqueles que entendem ser a Geografia uma das dimensões fundamentais da aventura do homem na superfície da Terra.
Uma diretoria executiva nacional e as várias seções locais (com eleições a cada dois anos), formam a estrutura e o corpo da AGB que, com operação com órgãos similares, irradiam suas atividades por todo o país. Atualmente a AGB não representa os mais de 6 mil geógrafos inseridos no sistema CONFEA/CREA, pois não reconhece o papel dessa entidade, não participando de suas reuniões e fóruns deliberativos.
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